O dia dos mortos no México é verdadeiramente uma festa

Os dias 1 e 2 de novembro no México são bem diferentes de tudo que estamos acostumados aqui no Brasil. A data comemora o dia dos mortos, na raiz da palavra mesmo: comemoração. Há mais de 3 mil anos, a população local já celebrava com rituais que se estendem até os dias de hoje. O dia dos mortos é, de fato, uma festa que os vivos fazem para aqueles que já se foram, mas que continuam presentes na memória dos mexicanos. E vale tudo: altares decorados dentro das casas, comida boa, pessoas fantasiadas e até confraternização no cemitério.

De acordo com a tradição, nesses dias os mortos têm permissão de vir à Terra e visitar seus entes queridos. Para receber as crianças, os altares e velas são todos brancos. Para receber os adultos, tudo colorido. A ideia é então se vestir de caveira de um jeito um tanto quanto diferente, com muitas cores e um sorriso no rosto. Isso vem do fato de os mexicanos encararem a morte de uma maneira distinta, o que chega a ser impensável no Brasil.

No começo do século XX, o pintor mexicano José Guadalupe Posada ilustrou a “La Catrina”, uma versão da caveira mais atual, que representa a mescla da tradição milenar com as novas influências europeias. Desde então, a festa se tornou conhecida no mundo todo e hoje é comum encontrar inclusive no Brasil pessoas pintadas de caveiras nas festas de novembro.

Em 2003, a UNESCO reconheceu a festa como Patrimônio da humanidade e afirmou ser “uma das representações mais relevantes do patrimônio vivo do México e do mundo e uma das expressões culturais mais antigas e de maior força”. 

 

 

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