Editorial: Universidade Pública

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Capa da 4ª edição da Revista Lampião

O cenário da educação em São Paulo, atualmente, é preocupante. As três universidades estaduais paulistas (Unesp, Unicamp e USP) tiveram suas atividades parcialmente paralisadas ainda em maio, quando a classe dos servidores técnico-administrativos e dos docentes entraram em greve.

Tudo porque os sindicatos pediam um aumento de salário que compensasse a inflação e oferecesse um reajuste maior. O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades de São Paulo), porém, alegou falta de verba e pôs na mesa proposta de 0% de aumento. Isso, somado à falta de negociação com as reitorias, fez com que docentes e servidores iniciassem a greve em maio.

Desde então, reportagens e levantamentos foram divulgados, como o da Folha de S. Paulo, dizendo que boa parte dos estudantes da USP poderiam pagar pelo curso. Matérias como essa levantaram, novamente, o tópico da mensalidade na universidade pública.

Soluções paliativas, como as cotas, são impopulares até entre aqueles que falam mal do desnível econômico na população. Caso a “privatização” da universidade pública real- mente aconteça, o ambiente acadêmico se tornará ainda mais segregador do que já é atualmente.

O ensino superior, que nasceu como opção apenas para a elite, começa a oferecer oportunidades para todos. Cotas para negros, pardos e provindos de escolas públicas servem para garantir o acesso e a oportunidade de ascensão econômica também a indivíduos das classes mais baixas.

No entanto, a principal forma de seleção, o vestibular, apresenta cada vez mais falhas. Primeiro que ele molda o ensino a partir daquilo que cai na prova, não se importando com a formação do indivíduo, mas sim com a criação de um sujeito capaz de realizar tal prova.

E toda a discussão sobre a educação vem à tona nessa época por conta das Eleições. As promessas de melhorias na educação não acompanham, contudo, a elaboração de novos sistemas que possam solucionar os atuais equívocos.

Um comentário sobre “Editorial: Universidade Pública

  1. Infelizmente o que o governo neoliberal tucano faz com as Universidades Públicas; é a forma de agir destes néscios, procurando sucatear para privatizar. Alegam que não tem dinheiro, que o orçamento estourou, etc… trilhando o mesmo caminho implementado nas empresas como CESP, ELETROPAULO, TELESP, BANESPA, NOSSA CAIXA, etc…, ou seja, SUCATEANDO E DENEGRINDO A IMAGEM E AS FINANÇAS, sucateando seria a palavra correta, preparando e abrindo as portas para a P_R_I_V_A_T_I_Z_A_Ç_Ã_O.
    Este desgovernador coxinha, mais conhecido como picolé de xuxu é o mentor de todas estas situações, pois quando das privatizações das empresas estatais paulista o mesmo era o Presidente do Programa de Desestatização Paulista. É a política neoliberal que ceifou milhões de empregos na Europa e nos EUA. Se não tivessemos um governo trabalhista de “saco roxo”, hoje o Brasil seria uma Espanha piorada. Já teriamos voltado a ser colonia.

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