Resenha – “The 2nd Law”, Muse

por Gabriel de Castro

(Foto: Divulgação)

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Genial e simples. Talvez é isso que se pode dizer do sexto álbum de estúdio do Muse, o The 2nd Law, lançado em setembro do ano que acabou de passar.

O álbum vazou na internet uma semana antes do previsto. O disco do Muse contém 13 faixas que fluem perfeitamente pelo ouvido.

Ouvindo a obra completa de forma seguida, a audição não se cansa da simplicidade com que a banda trabalha. Nada de infinitas notas por segundo na guitarra, sobreposição de instrumentos e excesso de sons. Cada músico sabe exatamente o local que tem que se colocar. A guitarra em nenhum momento atrapalha o baixo; o baixo nunca atrapalha a bateria; esta também não se intromete na guitarra.

O baixo é marcante em todo o álbum, com toques de distorção. O frontman da banda, o guitarrista e vocalista Matthew Bellamy, dispensa comentários. Além de completo e criativo na guitarra, Bellamy ainda se reafirma como grande cantor.

Na primeira faixa, a banda já mostra a que veio: Supremacy é talvez a melhor faixa do álbum. O baixo marcante, a guitarra se mostrando presente em alguns momentos e, acima de tudo, um refrão genial. Do exato momento em que os compassos musicais passam a ser iniciados com acordes maiores ao invés de menores, até o falsete de Matthew Bellamy, a música mostra porque é uma das melhores da história da banda.

Outra boa faixa do álbum é Follow Me, com um início um tanto quanto “futurista”, a bateria só entra no refrão. No entanto, essa música se distancia do Muse de faixas como Plug in Baby e Time is Running Out, na qual o rock’n’roll se encontra mais presente, e aproxima mais da banda de músicas como Starlight e Supermassive Blackhole. Follow Me pode ser entendida como uma espécie de mistura da melodia dessas duas músicas. Com a bateria marcada de Starlight e a “estranheza” de Supermassive Blackhole, Follow Me é uma das outras boas faixas do álbum.

Por final, outra música que se destaca no álbum é Panic Station, que tem um toque de Michael Jackson. A bateria também é bem marcada, mas a música é um pouco mais rápida.

Com a agressividade de Supremacy, a “melosidade” de Follow Me e o pop de Panic Station, o sexto álbum de estúdio do Muse ainda conta com Madness, Prelude, Survival, Animals, Explorers, Big Freeze, Save Me e Liquid State. Definitivamente, The 2nd Law foi uma das boas coisas de 2012.

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